Um episódio de erro médico no Hospital Regional do Marajó deixou Rosangela Pureza, moradora de Breves e mãe de quatro filhos, em uma situação delicada e com consequências devastadoras. O equívoco ocorreu durante uma cirurgia na clavícula, que resultou na retirada errônea do útero de Rosangela.
O incidente, ocorrido na última semana, teve como ponto crucial uma falha de identificação que levou à troca de prontuários e, por conseguinte, à realização de uma cirurgia diferente da prevista. Rosangela, que buscava apenas a recuperação da clavícula para retornar rapidamente às suas responsabilidades diárias, agora enfrenta uma jornada de recuperação de quatro a seis meses, marcada por dores físicas e abalo psicológico.
A médica ginecologista responsável pela operação admitiu o erro à família de Rosangela, sendo este momento registrado em áudio por um dos familiares. Na gravação, a médica explicou a confusão na identificação, atribuindo a troca a uma enfermeira que teria encaminhado a paciente com o prontuário errado para a sala de cirurgia.
A família, compreensivelmente abalada, não aceitou as tentativas de minimização do erro por parte da médica. A profissional ainda tentou justificar que a retirada do útero trazia benefícios à saúde de Rosangela, alegando que ela estaria livre de câncer e hemorragias, além de não entrar imediatamente na menopausa. No entanto, tais argumentos não foram suficientes para amenizar a devastação causada pelo equívoco.
Rosangela, além das dores físicas, agora lida com a impossibilidade de ter mais filhos por causa da negligência médica. A família já iniciou os procedimentos legais, buscando a orientação de um advogado para responsabilizar o hospital pelo erro cometido.
Diante do ocorrido, o Notícia Marajó procurou a direção do hospital e a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), que emitiu uma nota afirmando que está apurando o caso em conjunto com a Organização Social de Saúde (OSS) responsável pela administração do hospital.
A Sespa prometeu que, assim que o caso for esclarecido, serão tomadas as medidas cabíveis.
(Do Ver-o-Fato, com informações do Notícia Marajó)
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