Um vídeo gravado por um jovem de Belford Roxo, que fica na Baixada Fluminense, mostra o transtorno sofrido durante as enchentes do temporal do fim de semana no Rio de Janeiro.
Ele conta que estava dormindo em um colchão inflável porque tinha perdido a cama em uma outra enchente no município.
“Pobre não tem um dia de paz. Eu tinha cama, a enchente levou minha cama. Tirei um cochilo aqui no meu colchão inflável, dormi no chão e acordei em uma piscina. Olha que luxo, tá eu e a barata aqui, olha. A barata nadando para caraca, olha o que o prefeito nos proporciona com essas obras”, relata no vídeo.
Rodrigo Candido é morador do bairro Jardim Redentor, em Belford Roxo, e teve a casa inundada pela segunda vez em menos de dois anos.
“Na outra enchente eu perdi a cama e o meu guarda roupa, a água tinha entrado menos. Só que dessa vez a chuva veio muito mais forte, perdemos muitos móveis. Eu ainda estava sem guarda roupa, estava usando um paneleiro que minha mãe tinha, mas agora até isso foi embora. Entrou água em todos os cômodos. Na chuva de 2022 eu estava trabalhando, mas agora estou desempregado, faço alguns bicos como motoboy e ajudo em casa”, conta o jovem.
Chuva na Baixada Fluminense
Três cidades da Baixada Fluminense registraram, em dois dias, mais chuva do que a média do mês de janeiro. As cidades de Mesquita, Nilópolis e São João de Meriti tiveram um volume entre 260 mm e 275 mm no sábado (13) e no domingo (14), de acordo com as medições do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais. A média para o mês está entre 220 mm e 260 mm, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
De acordo com a Climatempo, a chuva começou de forma localizada na manhã de sábado, mas ganhou força a partir da tarde, continuando por toda a madrugada de domingo e diminuindo durante a manhã.
Durante entrevista para a GloboNews, Marcelo Seluchi, meteorologista e coordenador de operações e modelagem do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), definiu a chuva que caiu no fim de semana como “histórica” e disse que nenhuma cidade do mundo suportaria um volume parecido.
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