Assinada pelo governador Helder Barbalho, a Lei nº 10.368, de 10 de janeiro de 2024, declara a tradicional sorveteria Cairu, de Belém, patrimônio cultural de natureza material e imaterial, portador de referência à identidade da sociedade paraense.
A lei foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (11). O reconhecimento ocorre após a aprovação do Projeto de Lei de autoria do deputado estadual Gustavo Sefer, na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa).
O reconhecimento dividiu opiniões entre os internautas. “Nada contra o produto, até recomendo. Mas “patrimônio”?! Não! Aí é exagerar na dose publicitária e denegrir tantas outras coisas que temos, sem fins comerciais, para divulgar em nosso estado. Bom que os responsáveis recebam seus “cascalhos” e a empresa o seu aumento de lucro, afinal, notória a intenção dessa escolha”, comentou uma pessoa.
“O Helder deve ter virado sócio, só pode”, comentou outra debochando da decisão do governador. “O sorvete é muito gostoso, mas é muito caro, acredito que nem todo paraense tenha acesso”, ressaltou outra.
Sobre a sorveteria
A Cairu já foi reconhecida como uma das 100 sorveterias mais icônicas do mundo com o sorvete de açaí pela Tasteatlas, que é uma enciclopédia gastronômica internacional que cataloga pratos tradicionais e restaurantes ao redor do mundo.
Criada em 1963 em Belém do Pará, pelo casal Armando e Ruth Laiun, o empreendimento foi contemplado e reconhecido por ser considerado símbolo de orgulho regional, além de embaixadora dos sabores amazônicos entre paraenses e turistas que visitam a região.
Em 2022, a sorveteria também entrou para a lista das 50 melhores do mundo no Festival Mundial do Gelato, um dos concursos mais famosos da área, realizado em Roma, na Itália.
Na lista de recomendação citada pela enciclopédia gastronômica mundial, a sorveteria paraense foi destacada pelo uso de frutas nativas da Amazônia, evidenciando os sabores únicos da região.
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