Os ex-assessores de André Janones (Avante-MG) alegam que desde 2019 ele estaria envolvido em esquemas de rachadinha. Em entrevista ao jornal O Globo, Cefas Luiz Paulino e Fabrício Ferreira de Oliveira revelaram que Janones exigia até 60% dos servidores lotados em seu gabinete.
Paulino, que trabalhou no gabinete de fevereiro de 2019 a outubro de 2022 com um salário de R$ 19.562, mencionou que os pedidos para repassar parte do salário começaram logo após a posse do deputado, em 2019. Segundo ele, Leandra Guedes, aliada de Janones e atual prefeita de Ituiutaba, coordenava a arrecadação dos valores, feitos em dinheiro vivo, sem transferências bancárias.
Além disso, os ex-assessores afirmaram que Janones também solicitava o pagamento de despesas pessoais pelos servidores e exigia contribuições ao partido Avante. Essas alegações motivaram o Partido Liberal (PL) a buscar a cassação de Janones no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e no Supremo Tribunal Federal (STF), com base também em informações de seu livro, sugerindo a divulgação de fake news na campanha de 2022.
Janones negou veementemente as acusações, mencionando que o pedido feito nas gravações foi antes de sua eleição para pessoas não vinculadas à sua equipe. Ele afirma também que a tal sugestão foi vetada por sua advogada e não entrou em prática.
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