O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou de forma velada e indireta o craque da seleção Neymar, nesta terça-feira (31), afirmando que o país não possui ídolos, jogadores preferem farras e noitadas e que a última seleção que apresentou bom nível foi a da Copa de 2006.
As declarações aconteceram durante transmissão ao vivo na internet, durante o programa “Conversa com o Presidente”.
Lula respondia perguntas sobre seus gostos culturais, quando acrescentou que gosta bastante de futebol, acompanhando jogos no Brasil e no exterior. Então começou a elogiar o argentino Lionel Messi, que, no dia anterior, havia conquistado pela oitava vez a bola de ouro de melhor jogador do mundo.
O motivo aparente de Lula ter dado essa “alfinetada” alfinetada em Neymar seria pelo fato do atleta não ter apoiado o petista nas eleições de 2022.
Em setembro do ano passado, o jogador gravou um vídeo para agradecer o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela visita ao Instituto Neymar Jr. na Praia Grande, litoral de São Paulo.
No vídeo, o craque da seleção canarinha citou a ex-primeira primeira-dama Michelle Bolsonaro e o agora governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Durante a visita ao Instituto Neymar Jr, que promove atividades sociais, educacionais e esportivas como crianças carentes, o ex-presidente conheceu as instalações do lugar e conversou com os alunos.
Além disso, Neymar declarou que seu voto na eleição presidencial de 2022 seria em Jair Bolsonaro
“Não é possível que o Messi não sirva de exemplo para outros jogadores brasileiros. Um cara de 36 anos de idade, foi campeão do mundo, ganhou ano passado e ganhou esse ano de novo jogando nos Estados Unidos a bola de ouro.
O Messi deveria ser inspiração para essa molecada que aparece na televisão, que a gente acha que vai ser craque e daqui a pouco desaparece”, afirmou o presidente.
Lula então citou que muitos jovens deixam de seguir uma carreira mais consistente, talvez por “vaidade” ou por não terem uma “estrutura psicológica”. Também apontou o problema da venda prematura de muitos jogadores para o exterior.
Então, acrescentou que o país não tem mais ídolos no futebol, ignorando assim nomes como Neymar. O jogador fez campanha para Jair Bolsonaro (PL) nas últimas eleições presidenciais.
“Daqui a pouco desaparece porque talvez a vaidade, não tem estrutura psicológica para crescer. Aparece a meninada pintada de ouro e daqui a pouco desaparece. Aí aparece um menino de 17 anos e daqui a pouco ele está vendido. A gente não consegue mais criar. Há quantos anos que o Brasil não tem um ídolo de verdade?”, questiona.
O presidente então acrescentou que a seleção de 2006 foi o último time brasileiro a apresentar um bom futebol. Aquele time tinha o chamado “quadrado mágico”, com Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Kaká e Adriano.
Assista ao vídeo:
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