O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou nesta terça-feira (24) uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) acusando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de injúria e difamação, por declarações sobre uma mansão do irmão do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
A defesa de Bolsonaro afirmou que Lula teve a intenção de atingir pessoalmente a honra do ex-presidente, “como vem fazendo desde que assumiu seu mandato”.
A fala em questão foi feita por Lula em maio, durante evento de lançamento da Lei Paulo Gustavo, em Salvador. Na ocasião, o petista fez uma ligação velada entre Bolsonaro e uma mansão milionária nos Estados Unidos que, para ele, seria de Mauro Cid.
“Agora mesmo, acabaram de descobrir uma casa, uma casa de US$ 8 milhões do ajudante de ordem do Bolsonaro. Certamente, uma casa de 8 milhões de dólares não é para o ajudante de ordem; certamente, é para o paladino da discórdia; o paladino da ignorância; o paladino do negacionismo”, disse Lula.
Na queixa, o ex-presidente pede que Lula seja obrigado a publicar uma retratação em seus perfis nas redes sociais. Bolsonaro também quer que o presidente seja processado por injúria e difamação.
Segundo a defesa do ex-presidente, “apesar da maliciosa cautela de Lula em não mencionar expressamente o nome do autor [Bolsonaro], muito provavelmente a fim de evitar qualquer responsabilização jurídica, seja ela cível ou criminal, é inegável que a intenção por trás da fala do ora Presidente da República era atingir pessoalmente o QUERELANTE e sua honra, como vem fazendo desde que assumiu seu mandato”.
Conforme os advogados, “não há e nem nunca houve” qualquer relação de Bolsonaro com o imóvel. A defesa ainda afirmou que a mansão foi comprada por US$ 1,7 milhão em nome de uma empresa do irmão de Mauro Cid, o empresário Daniel Cid, no sul da Califórnia.
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