Imagens que circulam nas redes sociais mostram o empresário Marcelo Francisco da Silva ofendendo uma garçonete em um bar. De acordo com a postagem, o incidente registrado teria ocorrido na mesma noite em que o homem proferiu ofensas racistas e xenofóbicas a um frentista em um posto de gasolina em Curitiba.
Nas novas imagens, Marcelo parece estar muito irritado devido a um episódio envolvendo a funcionária do estabelecimento.
“Eu tô pagando, essa bost não é de graça. Chama o gerente, eu não vou pagar essa merda que me atendeu. Chama essa filha da put aqui. (…) Veio me tirar aqui no balcão. Ela é uma tonga, funcionária de bost*”, disse Marcelo.
O incidente com o empresário e o frentista, que incluiu ofensas racistas e xenofóbicas, ocorreu na madrugada do último sábado (14). Marcelo se apresentou à polícia dois dias depois, na segunda-feira (16), e optou por permanecer em silêncio durante o interrogatório. A defesa do indivíduo sob investigação por racismo e xenofobia alega que o comportamento em relação ao frentista foi motivado pelo alcoolismo.
Após o depoimento, o delegado encarregado das investigações explicou à imprensa que o inquérito policial ainda está em estágios iniciais e que o suspeito permanecerá em liberdade por enquanto.
“A apresentação foi espontânea e ele veio acompanhado de dois advogados. Permaneceu em silêncio durante o depoimento e, por enquanto, vai responder em liberdade”, disse o delegado Nasser Salmen.
Os advogados do empresário também argumentam que o suspeito foi provocado pela vítima das ofensas, mas não detalharam as provocações até o momento.
Vale ressaltar que a Lei 14.532/2023, promulgada em janeiro deste ano, equiparou a injúria racial ao crime de racismo. Isso resultou em penas mais severas, incluindo reclusão de dois a cinco anos e multa. Além disso, não é mais aplicável o pagamento de fiança, e o crime é considerado imprescritível, podendo ser julgado a qualquer momento, independentemente da data em que ocorreu.
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