A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, negou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha pressionado pela liberação de um empréstimo de US$ 1 bilhão do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) para a Argentina, mesmo com o país vizinho sem crédito.
Mais cedo, o jornal O Estado de São Paulo revelou que o aval de Tebet foi decisivo para a liberação do recurso que teria como objetivo dar vantagem ao candidato do governo argentino na eleição presidencial deste ano, Sergio Massa, sobre o principal concorrente, o libertário Javier Milei, que vem crescendo nas pesquisas.
“Lula não me ligou […] Despachei com minha secretária encarregada, que disse que os demais países votariam a favor”, disse Tebet à CNN Brasil após a repercussão da reportagem do Estadão.
Apesar de negar a interferência de Lula na liberação do empréstimo, a ministra não negou a suposta atuação do Planalto para interferir nas eleições do país vizinho.
De acordo com apuração do Estadão, como a Argentina já havia atingido o limite de crédito no CAF, um novo acesso a recursos não poderia ser feito. O país vizinho supostamente beneficiado pela atuação de Lula precisava do empréstimo-ponte para que o Fundo Monetário Internacional (FMI) liberasse outros US$ 7,5 bilhões.
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