Um vídeo feito por morador da ilha de Outeiro viralizou esta semana nas redes sociais ao mostrar um buraco que começou a se abrir na ponte de Outeiro, recentemente revitalizada por quase 70 milhões de reais.
O portal QB News fez uma reportagem, na época do anúncio da obra, indicando um provável superfaturamento.
Na reportagem, o portal fez a comparação do metro quadrado de duas outras pontes construídas do zero e que custaram menos do que o reparo feito na ponte paraense que supostamente teria sido atingida por uma balsa, que nunca foi identificada ou vista.
Os resultados da comparação dos valores do metro quadrado entre as três pontes foram os seguintes:
Ponte sobre o rio Parnaíba; (construída do zero), no Piauí, inaugurada em maio/21 e feita pelo governo federal: 185 metros = 30 milhões. Valor do metro: R$ 162 mil
Ponte do Abunã; (construída do zero) , inaugurada também em maio/21 também pelo governo federal: 1.500 metros = 150 milhões. Valor do metro: R$ 100 mil.
OBRA DE REPARO DA PONTE DE OUTEIRO: feita pelo governo do Estado do Pará: 360 metros = 65 milhões. Valor do metro: R$ 180 mil
A discrepância entre os valores chama ainda mais atenção devido ao fato de que a ponte no Pará recebeu apenas reparos estruturais, enquanto que as outras duas pontes, por exemplo, foram construídas do zero.
O portal QB News também constatou, com exclusividade, que o sócio majoritário de uma das empresas que integraram o consórcio que executou o serviço de reparo na ponte de Outeiro, foi denunciado pelo ministério público do Pará por estelionato. Trata-se de Fernando Navarro Crespo Neto, sócio da F N CRESPO NETO E CIA LTDA e nome fantasia FN SONDAGENS, FUNDAÇÕES E OBRAS ESPECIAIS.
O MP acusa Fernando de ter dado como garantia por uma compra que pretendia fazer (não informada), um apartamento do empreendimento SOFT INN, em Belém, sem que fosse, porém, de sua propriedade.
Assista o vídeo completo abaixo:
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