O deputado argentino Javier Milei, de 52 anos, candidato à presidência do país nas eleições de 2023, surpreende nas primárias saindo como protagonista da votação deste domingo (13).
Até o momento do fechamento desta matéria, 80% dos votos foram apurados com o seguinte resultado:
Javier Milei com 31,19% dos votos. À frente da coalizão de centro-direita Juntos por el Cambio (27,57%) e da coalizão da esquerda que governa o país Unión por la Pátria (25,48%).
Nascido em Buenos Aires, Milei é filho de uma dona de casa e um motorista de ônibus. Formou-se em Economia e chegou a trabalhar no banco HSBC na Argentina.
O “fenômeno” argentino ganhou popularidade nos últimos anos por suas declarações “provocadoras” e propostas de direita e conservadoras. O economista chegou a ser chamado de “Bolsonaro argentino”, comparado também ao ex-presidente dos EUA Donald Trump.
Foi por participações de grande repercussão em programas de rádio e televisão que passou a ser notado pelo público; nestes, dizia que os políticos no país são “ratos” e que formam uma “casta parasita” – pensamento que deu origem ao seu lema “contra a casta política”.
Na Argentina, as eleições primárias definem os candidatos que disputarão as gerais em outubro deste ano — ou seja, que disputarão a Presidência e os demais cargos legislativos
Também é a favor do fácil acesso da população as armas, contrário à educação sexual nas escolas e ao aborto. No campo econômico, o candidato defende a extinção do Banco Central, a saída do Mercosul, a privatização “de tudo o que for possível” e consequentemente a redução do tamanho do Estado.
O economista, porém, discorda de algumas premissas erroneamente consideradas como “conservadoras”. Ele é a favor do casamento gay, afirmando que é “um contrato como qualquer outro, desde que seja feito entre pessoas maiores de idade” e, por isso, não é um assunto do interesse do Estado.
Outra curiosidade de Javier Milei, é que ele também diz que não acredita no casamento – opondo-se ao discurso que celebra a família tradicional – e permanece solteiro por esse motivo.
Os resultados parciais são históricos, e que se confirmados até o final da apuração, deixaria pela primeira vez em décadas, o Kirchnerismo (esquerda) fora das eleições gerais.
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