A utilização ou não de urna eletrônica para a eleição presidencial do Corinthians, prevista para novembro, virou uma queda de braço entre grupos da situação e oposição do clube.
A situação quer a utilização da urna eletrônica na contagem dos votos, enquanto a oposição tem preferência por cédulas de papel. Na última eleição, em 2020, o segundo método foi utilizado e Duilio Monteiro Alves foi eleito presidente do Timão com 1.081 votos dos sócios, sem qualquer contestação.
Em 2018, no entanto, foi diferente. Com a utilização de urna eletrônica, Andrés Sánchez foi eleito presidente do Corinthians com 1.235 votos e comandou o clube por dois anos. Meses depois, um parecer de uma empresa designada para auditar a eleição do Timão viu erros e indicou uma possível fraude no pleito realizado. De acordo com as investigações lideradas pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP), houve erros da contagem dos votos até à autenticação de quem realmente compareceu às urnas no Parque São Jorge.
“Lamentavelmente, além da infração penal constatada (autoria e materialidade), ficou demonstrada a absoluta violação da confiabilidade e seriedade do pleito, o desvirtuamento do processo eleitoral de um dos maiores clubes do Brasil, vez que o presidente e chapas não foram eleitos dentro de um processo democrático íntegro, seguro, confiável e hígido”, diz um trecho do processo reproduzido na época pelo ge
O grupo da situação do Corinthians deve ter André Oliveira, popularmente conhecido como André Negão no Parque São Jorge, como candidato na eleição presidencial. Andrés Sanchez, ex-presidente do clube e nome de forte influência política no Timão, deverá ser “apenas” um mentor para a chapa Renovação e Transparência.
Faltando cerca de quatro meses para a eleição, o único candidato confirmado da oposição é Augusto Melo, de 57 anos. O empresário irá se opor ao grupo que preside o clube há 16 anos e atualmente tem Duilio Monteiro Alves como representante.
O mandato de Duilio termina neste ano e, com isso, um novo presidente do Corinthians será eleito em novembro, para o período de 2024 a 2026.
Veja a nota oficial:
Os Gaviões da Fiel Torcida vêm a público exigir lisura e confiança no processo eleitoral que acontecerá no Corinthians em novembro de 2023.
Embora o Estatuto do Clube priorize urnas eletrônicas, é de conhecimento público que o sistema de urnas utilizado em 2018, de empresa pouco conhecida no mercado, era inseguro.
A investigação criminal ocorrida naquele ano, constatou que o processo eleitoral “não foi íntegro, seguro e confiável”.
Assim, o que se exige para 2023 é que se mantenha a votação em cédula, como em 2020, ou que ocorra a utilização das urnas eletrônicas do TRE, que podem ser solicitadas mediante ofício e podem ser auditadas – além de serem extremamente confiáveis.
É dever do Presidente do Conselho Deliberativo, Sr.
Alexandre Husni, e da Comissão Eleitoral por ele formada, fazer com que as eleições e a sua apuração ocorram de forma segura, transparente e confiável, com a máxima fiscalização.
Info: Gazeta Esportiva
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