O ex-deputado federal Jean Wyllys, um dos principais opositores de Jair Bolsonaro no Congresso, anunciou seu retorno para o Brasil nesta sexta-feira, mesmo dia em quem o ex-presidente foi condenado à inelegibilidade por oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O retorno de Wyllys foi comemorado, inclusive, pela mulher de Lula, a Janja, que postou um vídeo desejando boas vindas ao ex-deputado. Na mídia, há ainda registros dos dois juntos e fotos de Wyllys com o presidente.
O ex-parlamentar anunciou que deixaria o país em janeiro de 2019, dias após a posse de Jair Bolsonaro como presidente. À época, ele optou por não assumir o novo mandato como deputado federal para o qual tinha sido eleito.
Neste domingo, o ex-parlamentar participou de ato em Brasília com lideranças do PT, como a presidente do partido Gleisi Hoffmann e o deputado federal Lindbergh Farias.
Em discurso no ato, Wyllys relembrou as supostas circunstâncias que deixou o país. “Fui ameaçado ao pé de ouvido por muitos deputados. Essa violência foi me despedaçando por dentro. Retornar hoje aqui e ser abraçado pelas pessoas me deixa feliz, estava desacostumado com o carinho. Estou retomando uma vida que me foi tirada e que foi interrompida” disse.
Ao longo do evento, Lindbergh e Gleisi também discursaram. Os dois fizeram menção direta à condenação de Bolsonaro em suas falas. “Inelegível, mas não é só ele. Tem muitos outros que tem que ficar inelegível também. São vários deputados que estavam juntos e não podem voltar à política”, disse a presidente nacional do PT.
Anteriormente, o retorno de Jean Wyllys foi foi divulgado em suas redes sociais e comemorada até mesmo pela primeira-dama, a socióloga Rosângela da Silva.
Em postagem no Twitter, o ex-parlamentar divulgou uma foto em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, e reforçou seu apoio ao atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Cores vivas: meu Brasil não é só verde-índigo e amarelo! Já em Brasília, no palácio onde meu presidente @LulaOficial trabalha!”, escreveu.
A decisão de morar no exterior, segundo ele, foi por conta das ameaças que vinha recebendo pelas redes sociais, no telefone do gabinete em Brasília e em seu e-mail pessoal.
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