Éric Piolle, prefeito da cidade francesa de Grenoble, propôs a substituição de feriados religiosos, como Páscoa e Natal, por feriados que celebrem pessoas LGBTs. O político fez o anúncio em 24 de maio, nas redes sociais.
“Eliminemos do nosso calendário republicano as referências a feriados religiosos”, disse Piolle, no Twitter. “Declaremos feriados seculares, que marcam o nosso apego comum à República, às revoluções, à comuna, à abolição da escravatura, aos direitos das mulheres ou das pessoas LGBT.”
Ainda no mesmo dia, o prefeito havia criticado a medida do ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, de avaliar a taxa de faltas em aulas escolares por causa do fim do Ramadã Islâmico. “Inadmissível”, afirmou. “Os feriados religiosos constituem motivo de falta válido, de acordo com o calendário divulgado anualmente pelo Ministério da Educação Nacional. Esse censo, desejado por Darmanin, é terrível e autoritário.”
As declarações de Piolle não foram bem recebidas pela direita francesa e por internautas. “Vá encontrar outro país para apagar sua história”, disse um usuário do Twitter ao prefeito.
As opniões polêmicas de Piolle
“Esse wokismo que quer apagar tudo ignora nossa história e nossa identidade”, disse Marine Chiaberto, vice-presidente do partido de direita Reconquête. “É hora de desconstruir os desconstrutores!”
Não é a primeira vez que Piolle dá preferência aos LGBTs e a outros movimentos sociais. Em junho de 2021, Piolle deu as boas-vindas ao “mês decolonial” em sua cidade — um comício “antirracista”, onde o homem branco estava no banco dos réus.
Durante as primárias de seu partido, o Verdes, Piolle disse ter sido “educado, reeducado, desconstruído e reconstruído pelas lutas feministas” e que tinha vergonha dos seus “privilégios” como um homem branco heterossexual.
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