A procuradora Carla Fleury de Souza, do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) reclamou, em sessão do Colégio de Procuradores de Justiça (CPJ) de 29 de maio, do salário que ela e seus colegas recebem. Para a procuradora, o valor é uma “vergonha” e cobre apenas suas “vaidades” como acessórios e sapatos.
Conforme o site do MP-GO, o salário de Carla é de mais de R$ 35.000. O valor recebido, no entanto, é sempre maior por causa de outras remunerações –como auxílios e bônus. Na média, o montante recebido mensalmente pela procuradora é de mais de R$ 39.000.
Dados do Portal da Transparência do MP de Goiás também mostram que a procuradora teve rendimento líquido de R$ 72.228,99 em dezembro. Isso porque, além da remuneração do cargo efetivo, recebeu o terço constitucional das férias (R$ 21.277,33), mais um terço de abono permanência (R$ 5.053,36) e outras verbas indenizatórias que não foram especificadas, no valor de R$ 30.223,46.
“Eu sou uma mulher que, graças a Deus, meu marido é independente e eu não mantenho minha casa. Meu dinheiro é só para eu fazer minhas vaidades, graças a Deus. Só para os meus brincos, as minhas pulseiras e os meus sapatos”, falou Carla.
Ela reclamou da desvalorização salarial. “Uma coisa eu falo: eu tenho dó dos promotores que estão iniciando a carreira, os promotores que têm filhos na escola, porque hoje o custo de vida é muito caro”, disse.
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