Em sua primeira sentença proferida no âmbito dos julgamentos da operação Lava Jato, o juiz Eduardo Fernando Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba, absolveu o réu Raul Schmidt Júnior, no último sábado (20), acusado de pagar propina a ex- diretores da Petrobras.
As investigações contra Schmidt tiveram início em 2015. Ele foi preso em 2016 em Portugal, na 25ª fase da Lava Jato, e deixou a cadeia em 2018.
Na decisão, Appio argumentou que o Ministério Público Federal (MPF) teve acesso de “maneira ilegal” aos dados bancários de Schmidt. Segundo o magistrado, os procuradores da Lava Jato não tinham uma decisão judicial autorizando a quebra de sigilo bancário da conta do réu no banco Julius Bar, em Mônaco. O Ministério Público Federal pode recorrer da decisão.
Quem é o novo juiz da Lava Jato
O novo juiz da operação Lava Jato, Eduardo Appio, adotou uma espécie de “apelido” no sistema processual da Justiça, o e-proc, em alusão à campanha do presidente Lula. Conforme revelou o jornal O Globo, Appio assinava como “LUL22”. A identificação, no entanto, foi alterada depois que o magistrado assumiu o comando da operação.
Appio usava o “apelido” desde 2021, quando integrava a 2ª Turma Recursal da Justiça Federal do Paraná. Desde o início de fevereiro, ele foi transferido para a 13ª Vara Federal de Curitiba.
O CPF do novo juiz da Lava Jato ainda consta entre um dos doadores da campanha do petista no Tribunal Superior Eleitoral. Conforme a Corte, Appio doou R$ 13 a Lula e R$ 140 à deputada estadual Ana Júlia Pires Ribeiro (PT-PR). Ele nega ter feito qualquer contribuição.
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