O humorista e recém eleito deputado estadual Bob Fllay (PTB), fez um discurso e elogios inflamados a primeira dama Daniela Barbalho na tribuna da Assembleia legislativa na manhã desta terça (14).
Em sessão especial em que os deputados estaduais confirmaram o nome de Daniela Barbalho para ocupar o cargo de conselheira do TCE, Bob Fllay justificou seu voto e disse estar incomodado com o desgaste que sofreu nas redes sociais por causa do seu voto.
Semana passada o humorista e parlamentar fez um vídeo falando sobre os motivos de seu voto primeira dama e disse que o TCE não seria um tribunal.
Na realidade, o tribunal de contas do estado (TCE) é sim um tribunal julgador de administradores e dos demais responsáveis por dinheiro público (como os secretários de estado indicados pelo governador), bens valores públicos das unidades dos Poderes do Estado, e das entidades da Administração Indireta, incluídas as Fundações e Sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Estadual.
O tribunal tem inclusive, o poder deixar políticos e secretários com contas reprovadas, inelegíveis.
No caso da figura do governador, o tribunal pode emitir parecer aprovando ou não as contas de maneira geral, cabendo aos deputados estaduais o papel de fazer o julgamento.
O problema que a indicação de pessoas ligadas intimamente ao chefe do executivo, é exatamente de não ter a independência e isonomia necessária para os julgamento do secretariado que é colocado pelo próprio governador e principalmente, de haver perseguições de adversários políticos do atual mandatário no futuro, o que facilitaria a perpetuação do mesmo grupo político no poder.
A primeira-dama entrou na vaga indicada pela Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), que segundo alguns parlamentares, tudo arquitetado e articulado pelo próprio governador Helder Barbalho.
Daniela passa a engrossar a lista dos parentes de políticos que são alçados a cargos nas cortes de contas. Segundo levantamento feito pelo GLOBO, atualmente dos atuais 232 conselheiros desses tribunais, 30% são parentes de políticos — sendo que alguns foram nomeados por seus próprios irmãos, sobrinhos ou cônjuges governadores.
Dos 38 parlamentares presentes, 36 votaram a favor e dois votaram contra.
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