A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) confirmou que o resultado do caso suspeito de Encefalopatia Espongiforme Bovina, doença conhecida como mal da “vaca louca”, deu positivo. Com a confirmação, o Ministério da Agricultura suspendeu temporariamente a exportação de carne para a China.
Segundo a Adepará, o caso ocorreu em uma pequena localidade do sudeste do Pará, que tem 160 cabeças de gado.
Por conta disso, o preço médio da carne bovina está em queda se comparado a janeiro deste ano. É o que aponta a pesquisa do Mercado Mineiro e do aplicativo Oferta.com.
Segundo o economista, sócio-fundador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, a queda do preço pode estar relacionada ao caso de “vaca louca”, relatado em um munício do Pará, em fevereiro deste ano.
Ainda de acordo com economistas, a suspensão das exportações para a China devido à doença “vaca louca” reduziu os preços da carne bovina no país.
Em resumo, os economistas estão monitorando os desdobramentos do caso confirmado da doença da “vaca louca” no Pará. A expectativa é que os preços caiam no país, mas o recuo deverá acontecer apenas no curto prazo.
Como o Brasil não está podendo enviar carne bovina para a China, que é o seu principal parceiro comercial, o escoamento da produção não ocorre em sua totalidade. Assim, a oferta poderá crescer mais que a demanda, o que resultaria na diminuição do preço da proteína.
A doença chamado tecnicamente de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), atinge o sistema nervoso dos animais bovinos, provocando perda de peso, diminuição da produção de leite, comportamento nervoso ou agressivo aos animais, entre outros sintomas.
Casos clínicos da transmissão da doença em humanos ainda é relativamente baixo, mas a precaução de consumidores podem explicar a queda no preço das carnes bovinas.
Não há expectativa sobre o retorno das exportações para a China. Em 2019, o Brasil registrou a doença “vaca louca”, provocando a suspensão dos envios de carne bovina para o país asiático por 13 dias. Já em 2021, a demora passou dos 100 dias.
Comentários