Lula afirmou que o Brasil “não tinha mais fome” quando ele deixou a Presidência, em 2010. A declaração foi dada durante uma visita a Montevidéu, no Uruguai, nesta quarta-feira (25). Na ocasião, o petista participou de um encontro com o presidente uruguaio, Luis Alberto Lacalle Pou.
Segundo Lula, o legado social deixado pelo seu governo foi destruído em sete anos, por Temer e Jair Bolsonaro (PL).
“O Brasil não tinha mais fome quando eu deixei a Presidência da República e hoje tem 33 milhões de pessoas passando fome, significa que quase tudo que nós fizemos de benefício social no meu país, em 13 anos de governo, foi destruído em seis anos, ou melhor, em sete anos; três do golpista Michel Temer e quatro do governo Bolsonaro”, afirmou o petista.
Dados e registros da época desmentem essa afirmação. Nos anos seguintes, durante o governo de Dilma Rouseff (PT), insegurança alimentar se agravou no país.
A declaração do chefe do Planalto aconteceu depois de o presidente ter dito que o impeachment de Dilma Rousseff foi um golpe de Estado.
Lula fez essa afirmação na segunda-feira (23), em viagem à Argentina para o encontro com o presidente Alberto Fernández. Segundo ele, depois da saída de Dilma, o país entrou num retrocesso que não imaginava.
Além disso, Lula disse que herdou um país “semidestruído”, e afirmou que viveu o melhor período na América do Sul em crescimento econômico e de emprego, mas que agora vivemos uma década diferente.
“Quando deixamos a presidência, o Brasil era a 6ª economia do mundo, voltamos agora e o Brasil é a 13º economia do mundo. Isso é um desafio que não me deixa triste, é um desafio que me dá otimismo, me dá coragem e me obriga a estabelecer metas”, disse ainda.
Em nota, o ex-presidente Michel Temer disse que Lula se mantém no palanque, que o “país não foi vítima de golpe algum” e negou ter destruído as iniciativas petistas.
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