Lula (PT) decidiu que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) será transferido para o Ministério da Fazenda, que será comandado por Fernando Haddad. O órgão, essencial para investigações sobre lavagem de dinheiro, foi responsável pela produção de mais de mil relatórios que basearam as investigações da Operação Lava Jato, e está atualmente no organograma do Banco Central do Brasil (BC).
O plano de Lula é que o órgão de inteligência financeira seja vinculado ao futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e seja um órgão independente das secretarias, como são atualmente a Receita e o Tesouro. O chefe do Coaf deve reportar diretamente ao ministro da Fazenda.
A informação sobre a transferência do órgão para a Fazenda foi confirmada por integrantes das equipes da Economia, de Transparência e Controle e de Justiça e Segurança Pública do novo governo.
No início da transição, havia um debate interno de que o Coaf poderia ir ao Ministério da Justiça, como ocorreu na gestão do ex-ministro Sergio Moro. Mas o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, não fazia questão de que o órgão fosse para a sua pasta.
Além disso, os advogados do Grupo Prerrogativas e anti-lavajatistas, que compõem a equipe de Dino, manifestaram-se contrários ao Conselho ser controlado pela mesma pasta que comanda a Polícia Federal.
Em 2019, o Congresso Nacional acabou devolvendo o Coaf ao Ministério da Economia, que depois o passou para o Banco Central. Entretanto, o BC se tornou autônomo, e o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, indica não faz sentido um órgão de inteligência não estar subordinado diretamente ao governo.
Crucial para investigações sobre lavagem de dinheiro, o Coaf é considerado um órgão sensível dentro da estrutura do novo governo.
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