Após MDB indicar Jader Filho, primogênito do senador Jader Barbalho e irmão do governador do Pará, Helder Barbalho, para ministro das Cidades, foi a vez do ex-governador de Alagoas Renan Filho, herdeiro de Renan Calheiros, ser indicado para ministro dos Transportes no governo de Lula.
O nome de Renan para a pasta foi definido em reunião do partido na última quinta-feira. Segundo apurou o Uol, o presidente aceitou o nome, acertou detalhes e falta apenas o anúncio —que deve ocorrer junto com o de outros nomes do primeiro escalão.
A escolha de Renan veio da bancada do MDB no Senado. Filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL), ele também é senador eleito por Alagoas em outubro e iria assumir o mandato em fevereiro de 2023. Em seu lugar deve assumir o primeiro suplente, o empresário Fernando Farias (MDB).
Renan Calheiros já foi indiciado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A manifestação foi enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal) em julho de 2021, concluindo inquérito aberto em 2017 para apurar suposto pagamento de R$ 1 milhão em propinas da Odebrecht em troca do apoio do congressista a um projeto de interesse da empreiteira.
Segundo a PF, a investigação apontou existência de “elementos probatórios concretos de autoria e materialidade” e a presença de “indícios suficientes” de que Renan Calheiros recebeu R$ 1 milhão em propinas em 2012 para aprovar a Resolução do Senado 72/201.
Além disso, Jader Barbalho já foi indiciado juntamente com Renan Calheiros em um inquérito que investiga um possível pagamento de propina a ele nas obras da hidrelétrica de Belo Monte.
O inquérito foi aberto em 2016, a partir do depoimento de colaboradores da Justiça, como o ex-senador Delcídio do Amaral, cassado em 2016. Segundo a delação, construtoras acertaram o pagamento de R$ 30 milhões em propina para PT e PMDB.
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