O primeiro dia de propaganda na TV neste segundo turno deu o tom de como será a campanha presidencial até o dia da votação, em 30 de outubro.
Na manhã desta sexta, 7, a inserção do PT divulgou trechos de uma entrevista em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu ao jornal New York Times, em 2016, em que o então deputado disse que quase se alimentou de carne humana.
“Eu vou te falar o que é que é comer um índio. Eu estive em Surucucu (Roraima) certa vez, morreu um índio e eles estão cozinhando. Eles cozinham o índio, é a cultura deles. Cozinham por dois ,três dias e comem com banana”, disse.
Em outro trecho, Bolsonaro completa: “E daí eu queria ver o índio sendo ‘cozinhado’. Daí o cara falou que se eu fosse teria que comer. Eu falei que como. Mas como a comitiva não quis ir, porque teria que comer o índio, não queriam me levar sozinho lá, aí não fui. Eu comeria o índio sem problema nenhum. É a cultura deles, e eu me submeti àquilo”.
“Depois de todos os absurdos que o Brasil já ouviu de Bolsonaro, surge um ainda mais assustador”, afirma a narradora do programa ao introduzir o vídeo de Bolsonaro.
Acontece que a esquerda sempre defendeu o respeito a qualquer cultura e, para muitos internautas, a campanha do PT está sendo contraditória ao que eles pregam já que, para a antropologia, cultura é subjetiva e absoluta.
A campanha de Bolsonaro foi ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar tirar a propaganda do ar, alegando que as frases foram tiradas do contexto.
A entrevista completa está disponível na página de Bolsonaro no YouTube. Em outra entrevista que circula pelas redes, o atual presidente deu a entender, em tom de brincadeira, ao extinto programa CQC, da Band, que chegou, na infância, a fazer sexo com um animal. O caso também está sendo explorado nas redes sociais.
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