A convenção federativa do Partido dos Trabalhadores (PT), do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e do Partido Verde (PV), integrantes da federação partidária Brasil de Esperança, lançou os candidatos às Eleições 2022, na noite desta segunda-feira (1º), em Belém.
No Pará, o Partido dos Trabalhadores oficializou o apoio à reeleição do atual governador Helder Barbalho (MDB) e à candidatura ao senado de Beto Faro, que está no 5º mandato de deputado federal pelo estado.
O evento contou com a presença do próprio governador está sendo investigado por corrupção na famosa compra de respiradores inservíveis e possível envolvimento de supostas irregularidades em contratos do governo do estado com OSs que administram hospitais públicos no Pará.
Os contratos suspeitos de fraudes na área da saúde ultrapassam a cifra de 1 bilhão de reais.
Segundo as investigações, Helder Barbalho (MDB), e mais cinco ex-assessores, além de mais dois empresários são acusados de “condutas delituosas” na compra de respiradores para tratamento de pacientes de Covid-19 em estado grave. A transação envolve recursos públicos na ordem de 50 milhões de reais.
Além disso, outra investigação, batizada de S.O.S., mira 12 contratos firmados entre o governo do Pará e organizações sociais para administração de hospitais públicos do estado, inclusive os hospitais de campanha criados por conta da pandemia do coronavírus.
A suspeita é que os contratos, que somam R$ 1,2 bilhão, sejam irregulares, segundo o Ministério Público Federal. Os crimes investigados são fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Já contra Beto Faro, segundo informações públicas, existe um inquérito contra ele que se arrasta há 17 anos. Segundo a polícia, Faro autorizou de forma ilegal a regularização fundiária de 500 mil hectares de glebas em Santarém, Prainha, Trairão, Oriximiná e Placa, beneficiando plantadores de soja e madeireiros. As terras eram da União. Ele chegou a ser preso em 2004.
O suposto pagamento de propina a Faro foi descoberto durante a perícia da PF em um computador, apreendido em abril no escritório de um advogado preso por envolvimento no suposto esquema de corrupção.
Beto Faro tem investigações contra si praticamente na estaca zero. Com direito à prerrogativa de foro com sua posse na Câmara dos Deputados, em 2007, o inquérito só chegou ao Supremo o Tribunal Federal em 2014. E de lá para cá se arrastou até o dia 9 de agosto de 2020, quando o despacho da ministra Rosa Weber determinou a remessa do inquérito de volta à Justiça Federal do Pará.
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