Conversas de bastidores políticos apontam para o imponderável: a poucos dias do lançamento oficial de candidaturas, dois grupos da base aliada do governador Helder Barbalho estariam tentando tencionar uma disputa pela vaga de vice-governador – um formado por parlamentares ligados ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Chicão Melo, e outro composto por influentes representantes do agronegócio. A bolsa de apostas virou uma biruta: a avaliação inicial dá conta de baixa probabilidade, senão zero, de êxito nessa suposta disputa.
Bem antes de dispensar o trabalho da ex-secretária Hanna Ghassan na pasta de Planejamento e Administração, o governador se reuniu com o deputado Chicão Melo, que chegou a ser apontado como virtual candidato a vice na chapa de reeleição. Ao se decidir por Hanna, que o acompanha desde a Prefeitura de Ananindeua, Helder definiu os passos seguintes. Hanna Ghassan e seu grupo político estão fortalecidos e prestigiados pela família real e ponto final. Uma simples conferência na divisão de espaços no governo constata a preferência, quer dizer, trata-se de uma a correlação de forças entre o deputado Chicão Melo e a ex-secretária.
Poder de fogo
Hanna Ghassan Tuma e seu grupo têm o controle das Secretarias de Planejamento, Fazenda, Educação, Transporte e o Departamento de Trânsito. O deputado Francisco Melo Chicão comanda a Assembleia Legislativa e seus integrantes, mas isso é pouco, ainda que com a soma dos demais espaços que ocupa no segundo escalão do governo.
Risco iminente
Pior: a possibilidade de volta à Assembleia Legislativa nas próximas eleições do ex-chefe da Casa Civil Iran Lima é um sinal de alerta para Chicão Melo na presidência. Iran Lima é alinhado ao grupo de Hanna.