Lia Thomas, atleta trans dos Estados Unidos, recebeu indicação ao prêmio Mulher do Ano pela Universidade da Pensilvânia. Nascido Will Thomas, a nadadora chegou a competir entre os homens por três anos, não tendo passado da posição 462 de 500 no ranking.
Thomas começou a despontar no esporte ao passar a competir com mulheres, quebrando vários recordes entre o sexo feminino. Em uma prova equivalente aos 200m livre aqui, do Brasil, por exemplo, Lia chegou a ficar com sete segundos de vantagem sobre a segunda colocada, considerados uma “eternidade” na categoria em questão.
A performance rendeu a Thomas o primeiro lugar no ranking, posição da qual estava bem aquém enquanto competia na categoria masculina. Mas o desempenho da atleta trans é interpelado até mesmo por outras atletas, que acreditam que o porte e as condições físicas do trans lhe dão vantagens em relação a outras atletas não transgêneros.
– Não é a inclusão que leva a Ivy League a fazer ações como essa. É misoginia – e um desprezo absoluto pela verdade – criticou Abigail Schreier, autora norte-americana do livro Dano Irreversível: A Mania Transgênero Seduzindo Nossas Filhas.
Tom Fitton, presidente da Judicial Watch, chamou a indicação de um ataque direto às atletas femininas da Universidade da Pensilvânia. A ex-tenista Martina Navratilova disparou à universidade: “O que há de errado com vocês?”. A veterana do tênis foi criticada por sua posição, mas rebateu nas redes sociais.
– Então, eu deveria estar feliz que as mulheres biológicas estão sendo deixadas de lado quando se trata de esportes? – disparou.
Para proteger a competitividade e garantir condições mais justas de disputa, entidades esportivas já aprovaram diretrizes específicas para a participação de atletas trans em competições. Vários Estados norte-americanos também possuem leis contra atletas transexuais em esportes femininos.
O prêmio será entregue em janeiro de 2023 a 30 homenageadas escolhidas pelas universidades que integram a National Collegiate Athletic Association (NCAA).
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