O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, na noite de domingo, a proibição de postagens na internet que façam ligação do assassinato do ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel a Lula, bem como associação entre o PT e o Primeiro Comando da Capital (PCC). A decisão atende a um pedido do partido e foi tomada pelo magistrado na condição de presidente em exercício do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na decisão, Moraes ainda determinou que sejam removidos conteúdos que supostamente tiraram de contexto uma fala do petista, dando a entender que o ex-presidente teria comparado a população pobre a papel higiênico, úteis apenas nas eleições e depois descartados.
O ministro, que assume a presidência do TSE em agosto, também ordenou a remoção de publicações que supostamente associariam o PT ao nazismo e ao fascismo.
A decisão de Moraes sobre a associação entre Lula e o caso Celso Daniel menciona 16 perfis ligados ao presidente Jair Bolsonaro, entre parlamentares e apoiadores. Entre eles estão o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e os deputados federais Carla Zambelli (PL-SP), Otoni de Paula (MDB-RJ) e Helio Lopes (PL-RJ) .
“Há nítida percepção de que as mentiras divulgadas objetivam, de maneira fraudulenta, persuadir o eleitorado a acreditar que um dos pré-candidatos e seu partido, além de ter participado da morte do ex-prefeito Celso Daniel, possuem ligação com o crime organizado, com o fascismo e com o nazismo, tendo ainda igualado a população mais desafortunada ao papel higiênico”, escreveu Moraes, na decisão.
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