Como reflexo da crise econômica e social, a Argentina tem visto continuamente seus preços dispararem em um curto espaço de tempo. Em mais de 60% em 12 meses, a inflação na Argentina levou o iPhone 13 Pro Max 256 GB grafite a custar pouco mais de 1 milhão de pesos, o equivalente a R$ 42 mil. O aparelho foi lançado pela Apple em setembro de 2021.
Para comparação, no Brasil, um iPhone 13 do mesmo modelo é vendido a partir de R$ 10 mil. A desvalorização da moeda argentina é tamanha que, há 20 anos, 1 milhão de pesos (novo valor do smartphone) equivalia a US$ 1 milhão.
De acordo com dados do countryeconomy.com, o preço do produto equivale a aproximadamente 24 vezes o salário mínimo do país (42.240 pesos em junho).
Segundo o jornal “La Nación”, em dólares, o preço na rede de eletrodomésticos equivalia a US$ 3.844 na liquidação, até ontem. Nenhum lugar do mundo o preço deste iPhone é tão elevado.
Por estar em um preço inacessível para a maior parte da população, o produto pode, inclusive, sumir dos estoques, pela falta de vendas.
Outros produtos
Pelo site Duty Free, colocando a cotação de preços de Buenos Aires, outros produtos estão com valores exorbitantes por conta da desvalorização do peso argentino frente ao dólar. Hoje 1 Dólar americano é igual a 127,58 pesos argentinos. Veja alguns exemplos:
Perfume Clinique Aromatics Elixir Perfume Spray: 13.906,07 pesos ou US$ 109
Chocolate Kinder pequeno: 1.913,68 pesos ou US$ 15
Toblerone sortido: 5.039,35 pesos ou US$ 39,50
Relógio inteligente Xiaomi (mais vendido): 26663 pesos ou US$208,99
Caixinha de som JBL: 6251,35 pesos ou US$49
Fone sem fio Apple: 57.282,79 ou US$ 449
Inflação na Argentina provoca desordem
O aumento dos preços na Argentina vem causando desordem entre os comerciantes, que têm tido dificuldades em definir o valor dos produtos nas gôndolas. Na semana passada, negócios populares do bairro Once, em Buenos Aires, demoraram a abrir. Quando receberam os consumidores, tinham em suas vitrines cartazes que avisavam que todos os produtos estavam 20% mais caros do que o registrado nas etiquetas. O atraso para abrir assim como os cartazes decorriam do fato de os empresários não saberem quanto cobrar dos clientes.
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