Após críticas de policiais, o texto que servirá de diretriz para a elaboração do programa de governo de Lula será mudado para incluir a “valorização da categoria” como um dos pontos da política de segurança pública, diz O Globo. A mudança foi feita durante uma reunião organizada na segunda-feira pelos representantes dos sete partidos que compõem a aliança (PT, PV, PCdoB, PSB, Solidariedade, Rede e PSOL).
A primeira versão das diretrizes, elaborada pela equipe da Fundação Perseu Abramo, braço teórico do PT, previa “uma segurança pública cidadã para a proteção da vida”. Na nova versão, que incorpora propostas apresentadas pelo PSB e aprovadas pelos demais partidos, fica explícito o gesto aos policiais.
“A integração com governos estaduais e municipais, o foco na priorização da vida, no controle de armas, em inteligência policial, em tecnologia de ponta e na valorização profissional dos policiais nortearão nossas ações, que enfrentarão a violência, a corrupção, a lavagem de dinheiro, as movimentações financeiras e a rede de negócios ilegais dos grupos armados organizados.”
O aceno atende ao pedido de agentes ligados ao PT por mais diálogo com a categoria para conter a adesão ao bolsonarismo. A alteração no texto do Programa também é uma forma de melhorar a imagem do ex-presidente com os policiais.
Em abril, durante um evento com mulheres em São Paulo, o petista afirmou que “Bolsonaro não gosta de gente, gosta é de policial”. Após repercussão negativa, Lula se desculpou.
Já em Porto Alegre, um dia antes do encontro com os policiais, ele comentava o assassinato de Genivaldo de Jesus Santos por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) quando mencionou que a polícia, “quando chega, chega para atirar”.
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