O Conselho Regional de Farmácia (CRF) abriu neste mês uma investigação para apurar o caso de uma dona de clínica estética ré após ser denunciada pelo Ministério Público do Pará (MPPA) e indiciada pela Polícia Civil por lesão corporal conta pacientes. Ela é farmacêutica e está em liberdade à disposição da Justiça.
Cinco mulheres sofreram lesões graves após se submeterem a procedimento estético com uso de enzimas redutoras de gordura feito pela profissional denunciada.
As pacientes relatam “verdadeiras sessões de tortura” e problemas vivenciados até hoje por causa dos traumas causados pelos procedimentos.
O caso ocorreu na clínica de estética Face a Face em Capitão Poço que, segundo a denúncia, funcionava sem CNPJ, e sem licenças oficiais. O MP não pediu suspensão dela ao CRF por entender que, “em relação ao exercício profissional e qualquer suspensão cautelar, a responsabilidade fica por parte do conselho de classe da acusada”.
O CRF informou que seria constituída a Comissão de Ética para julgar o caso. “Em caso de comprovação das acusações e encontro das irregularidades, as sanções podem variar de advertências, multas, suspensão até a perda definitiva do registro profissional”, informou em nota.
O MPPA não solicitou suspensão profissional da acusada. Durante as investigações, a farmacêutica alegou que não era culpa de seu procedimento e sim de um lote errado enviado pelo laboratório PHD do Brasil.
A profissional Tayna Aguiar informou ao G1 que as pacientes faziam um tratamento longo e que o problema ocorreu após a última sessão por erro no lote. Ela diz que entrou com processo contra o laboratório responsável, mas que mesmo assim, fez o que estava ao seu alcance e que fechou a clínica e vendeu os equipamentos para custar o tratamento das clientes.
Ainda segundo a denunciada, no momento, ela não está atuando como esteticista, mas trabalha como farmacêutica, em uma farmácia comunitária que pertence a sua mãe na cidade de Capitão Poço.
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