Na noite dessa segunda-feira, 4, Catharina Lima, 40 anos, resolveu compartilhar mais uma curiosidade do seu dia — como é típico dos usuários do Twitter — em seu perfil na rede. No post, ela mostrou um agrado feito por seu pai, que comprou cinco potes de sorvete da Bacio di Latte, uma gelateria brasileira em moldes italianos, para que ela tomasse em sua durante sua recuperação cirúrgica, já que não podia comer alimentos rígidos.
A publicação viralizou em poucas horas e alavancou incontáveis debates no Twitter. O cancelamento foi quase imediato. Nos comentários do tweet, que já acumula mais de 116 mil likes, muitos criticam Catharina por “esbanjar” e “ser privilegiada”. Cada pote de 400 gramas do gelato custa, em média, R$45.
Um dos usuários escreveu, revoltado, que “é por isso que a sociedade tem criado um preconceito maior ainda com gente rica. “Os ‘fdp’ acham normal gastar R$200,00 conto em 2L de sorvete”, concluiu.
Depois dos sucessivos ataques, Catharina resolveu silenciar os comentários do post original. “Estou muito tranquila, sei bem como o Twitter funciona”, disse ela. “Era só um sorvete”, “Era só um sorvete”, completou a catarinense.
A repercussão reacende um debate urgente sobre a exacerbação da militância sem fundamento que por vezes é alimentada nas redes, em especial, a do Twitter. O fato de um pai comprar sorvetes caros para sua filha jamais deveria virar assunto polêmico para promover o “cancelamento” de alguém. Essa realidade doentia é uma amostra de um possível futuro complicado que pode ser criado por usuários engajados porém adoecidos.
Até o momento, a Bacio di Latte não se pronunciou sobre a polêmica.
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