Convivendo com o pior surto epidêmico em dois anos, provocado em grande parte pela variante ômicron do coronavírus, as autoridades chinesas ordenaram nesta sexta-feira (11) o confinamento dos nove milhões de habitantes da cidade de Changchun, no nordeste do país.
Com as novas regras, apenas uma pessoa por família poderá sair, uma vez a cada dois dias. Além disso, todos os “serviços essenciais” foram encerrados.
A prefeitura ordenou o fechamento de escolas e lojas e a interrupção do transporte público. É proibido sair da cidade, que registrou centenas de casos nos últimos dias.
A variante ômicron provocou, no entanto, surtos localizados. Nas últimas 24 horas, 1.369 casos foram registrados, segundo o Ministério chinês da Saúde. Trata-se de um valor ainda muito baixo em comparação com o restante do mundo, mas é o mais alto registrado pela China desde a primeira fase da pandemia, no início de 2020.
Enquanto outros países mudaram a postura para uma política de “viver com covid”, a China mantém uma estratégia de tolerância zero contra o vírus. O “lockdown” de Changchun é o maior na China desde que o governo da metrópole Xi’an, no norte do país, isolou 13 milhões de habitantes no fim do ano passado.
O mundo se despedindo da Covid
Ao menos 20 países já anunciaram a flexibilização de regras no combate à pandemia. Depois da chegada da Ômicron, a mais transmissível das variantes do coronavírus, a pandemia perdeu fôlego. Em 15 de fevereiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou pela segunda vez neste ano queda no número de novos casos de covid-19 no mundo.
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